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Chamas

  • Foto do escritor: Liah Santana
    Liah Santana
  • 18 de jan. de 2020
  • 2 min de leitura

Para mim, fogueira de brasa não é o mesmo que fogueira acesa.

Te olhei por dias, agachado, abraçando o fogo como seu semelhante.

Um dragão, com certeza.

Proponho um trato selado em sangue da praia: tu me ensina a fazer fogo, que eu te ensino a me queimar.

Nesse combinado o meu fim esta traçado mas no momento da partida saberei o inicio de toda minha vida.

"Nenhuma chama se iguala a primeira: A fricção que causa a faísca, o sopro comedido que alimenta o corpo, a repetição desesperada até chegar ao topo quando tudo parece se ajeitar.

Não se engane,

sem tempo e cuidado

o vento que corre ao norte só deixa pra trás

fumaça e essa sua cara de boba.

Eu te ensino a fazer fogo, tu me ensina a te queimar."

Nunca fui eu a te esquentar o coração. Também não foi ela. Ninguém chegou lá.

De forma inversa, cada um que me deixa ficar me joga um palito virgem que queima rapidamente e volta a apagar

Se me ensina a fazer fogo, eu te ensino a me queimar.

De pouco a pouco virei brasa que queima continua a se renovar e depende de migalhas de fogo para nunca acabar.

Se me ensina a fazer fogo, eu te ensino a me queimar.

Nisso eu sei que deixei claro o ponto turvo que doí a vista: cada vez que eu to gasta vem um santo a me salvar. O que não cumpre o prometido.

Me ensinou a fazer fogo, eu te ensino a me queimar.

Em dois tempos ta resolvido o enigma da fusão: deixar a morte florescer, tomando pra si o poder de ser o único a me velar.

De pouco a pouco vá deixando quando menos bisuiar to eu nas cinzas de um amor só poeira pelo ar.

Já sei fazer o fogo, agora pode me queimar, que do pó serei erguida bem longe desse lugar.

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