Lú(S)ciDos
- Liah Santana
- 23 de ago. de 2019
- 1 min de leitura
Um fino arrepio toma conta do meu corpo. Do ponto em que seus lábios tocam o meu rosto até a mão que acena e resiste em não te segurar, sinto o som do quadro da sala ecoar dentro de mim. Aqueles breves segundos de despedida, que furtivos se perdem no tempo da minha mente drogada, foram insuficientes para sanar a vontade apertada de te conhecer.
Nem mesmo cogitava a possibilidade, insegura até na forma de falar, me pego surpresa por no meio da noite a sua voz escutar. Claro, as palavras vinham escritas em mensagens pelo celular, mas logo se transformavam ao encontrar os químicos da minha mente agitada. A promessa do beijo que me acerta como uma flecha, mesmo que desconexa com o real que me cerca, é bem vinda.
Os traços de tinta mais uma vez dançam me falando seu nome e um pouco de quem você diz ser, usando da memoria para criar essa imagem distorcida e embaçada de fumaça que ascende a minha brisa e enche seus pulmões. Ligados pelo costume de se deslucidar e pelo registro cômico de uma certa chuva, me pego sonhando acordada, por pura impossibilidade de dormir, com o que vou sentir ao multiplicar o que senti no momento que me deixou aqui.
Possibilidades me assustam, certezas me cobrem e o desejo bate as asas no meu peito a espera um bom momento. Respiro agitada, o efeito passa mas a vontade fica, menos euforica porém ainda intensa.
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