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Cabrunco

  • Foto do escritor: Liah Santana
    Liah Santana
  • 19 de ago. de 2019
  • 1 min de leitura

Beijada por seus lábios,

o mel arretado,

comprimido apertado

vem me adoçar.

Suada eu acordo,

abraçada à cama,

do nada uma voz,

não a tua, me chama.

Prefiro esquecer,

deixar ir nessa vida sozinha

ignorando o querer

de você sendo minha.

Namorada

ou ficante

ou um nome qualquer jogado ao acaso,

não preciso entender,

Minha mão no teu corpo,

que da mão subo um pouco,

paro e suspiro

na nuca raiz do amar.

Dentre todos os sons,

o do seu dedilhar

como numa viola

que teima em não afinar.

Tornando minha noite,

que começa mais tarde,

um show nordestino com esse sotaque

Alarde e batuques,

uma dança arrítmica que teimo em tentar,

com calmo sorriso você tenta ensinar,

de novo eu erro para adiar sua ida.

Professora de musica,

mas aprendiz de sentimentos,

te peço seu tempo

para trocarmos um chamego

e provarmos o gosto desse estranho conhecimento.

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