Me da a mão
- Liah Santana
- 10 de mar. de 2019
- 2 min de leitura
Sabe como é Querer morrer a cada segundo, Presa no escuro Tentando voltar?
Pois é, cada minuto Contado e recontado Com o peito apertado Sozinha e triste
Ai vem ela, Chegando de mansinho Pegando na mão E com um sorrisinho cínico
Choro escondida para não acordar o monstro que dorme de olhos abertos dentro de mim. É inútil fingir que o medo não esta ali, consistente e concordando com ela. E se eu não conseguir parar? Não me entenda mal, é difícil te explicar. Nenhum de vocês é a causa nem a fagulha pra esse incêndio silencioso, mas são queimados nas chamas sem nem perceber. Ta tudo aqui, na minha cabeça, e pesa cada hora para um lado. Pequenas lagrimas parecem beber de si mesmas para crescer e de repente são trilhões de vozes me dizendo "Corra", ou eu que entendi errado e é só a morte me chamando outra vez. Já disse e repito: vocês não são a causa. O começo hoje é incerto mas o fim ta sempre ali. O que quero dizer é que to cansada de não poder sentir, de ter que segurar até estourar por, mais uma vez, medo de me afundar. Me da a mão, é tudo o que preciso para não me sentir só. E talvez assim eu solte de vez a dela e possa enfim chorar sem a sombra da depressão. Conseguem fazer isso, serem meus amigos e não me largar no primeiro pulo? Pois haverão vários após esse, cada vez mais profundos mas garanto que ao chegar no interior de nos vamos ver que sobrevivemos cada vez mais, depressivos por falta de opção mas bem pela escolha de viver cada dia mais.
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