Munheca
- Liah Santana
- 12 de jan. de 2018
- 1 min de leitura
Lembro bem do dia que se conheceram no caminho de casa. Já tinham se esbarrado algumas vezes antes de resolverem aceitar que deviam se conhecer melhor. Senti o arrepio que subia pelo meu braço desde o primeiro toque. De repente já estavam familiarizas com estar juntas e até os polegares já brincavam numa sintonia só nossa. Se comunicaram sozinhas, sem necessidade de apresentação ou explicação e criaram toda uma relação de amor em tão pouco tempo de interação. Se despediram demoradamente e a saudade deixou tremula a existencia de qualquer outro relacionamento. Sinto a agonia de uma traição iminente ao tocar a palma que não é sua. Minha mão vai na sede da dele mas sente a seca realidade da falta de encaixe. Faz- me falta a maciez de deitar meus dedos entre os seus e entralaçar-los carinhosamente. Concluo então que a dona das mãos pelas quais me apaixonei também levou de brinde meu coração.




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