Doce vida
- Liah Santana
- 18 de out. de 2017
- 1 min de leitura
Ela sorriu e disse para eu não me preocupar: o amor viria de uma forma bem melhor que a última. E eu, trouxa de nascença, achando que era uma declaração romântica. Não teve nada romântico naquele mês que passei fissurada na menina mais linda que já conheci. Me apaixonei sim e me arrombei igualmente (infelizmente, não de forma literal). Juntei os momentos fofos que vivemos, planejei nosso casamento e o nome dos nossos futuros gatos. Logo eu, que não tinha vontade nenhuma de seguir a vida medíocre de casal, me apeguei de tal forma a nem mesmo beijos de desconhecidos em festas alternativas pôde me animar. Eu sei, quem se iludiu fui eu, sozinha, mas pudera eu não o fazer? Chorei por semanas a falta do relacionamento passado para o qual dediquei muito mais tempo. Então me veio ela, cheia de compreensão e interesses que nem eu sabia ser possível alguém sentir por mim. Curei em nela mágoas e me senti acolhida em seus braços. Ela não teve culpa e deixou bem claro que sabe disso, afinal, nunca dissemos que íamos a algum lugar. E meu coração aqui, me xingando por mais uma vez ter que se reconstruir, tentando ao máximo evitar as decepções que eu insisto em jogar como confeitos na torta da vida.
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