Amizade
- Liah Santana
- 28 de jun. de 2017
- 1 min de leitura
A arte corre por nossos corpos como o sangue que teima em escorrer pelo meu nariz. Desajustados e não encaixaveis nos moldes de pessoas sãs, me sinto até mal por ainda ter um pé na normalidade cotidiana. Encontro você na porta da festa para não entrar sozinha e reclamo dos seus devaneios no meio da rua. " Quer morrer, porra?" Só me da uma risada estourada e entra no predio. Tiro o algodão da narina e verifico se ja estancou enquanto pego uma bebida qualquer. Não temos muita certeza de porque vamos a esses lugares mas dizem que é o que o adolescentes fazem. Lavo o sangue do rosto colocando outro algodão e bebo a cachaça rapidamente. A noite vai passando e te olho de longe bebericando sua lata inacabavel enquanto conversa com uma menina alcoolizada até o cabelo. Tenho certeza que não falam de pinturas ou de como esculpir melhor ou de como parodias de filmes são geniais, esse é o nosso lance. Depois de algumas conquistas e alguns foras volta pra mim. Nada esta tão bom quanto nossa solidão, mas acho que também não voltara a ser. Mais alguns goles. Dança exagerada. Maconha de desconhecidos. Beijos variados. Vomito. Mais goles. Sexo. Queda. Carro. Escuridão. Acordo de tarde e leio centenas de mensagens sobre a noite passada, nenhuma sua. Meu corpo ainda doi, mas o nariz esta intacto.
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