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Primeira vez

  • Foto do escritor: Liah Santana
    Liah Santana
  • 25 de jun. de 2017
  • 2 min de leitura

Poucas horas antes eu nem sabia como conversar com outra garota sem parecer chata ou muito atirada, mas nada que umas doses não resolvessem não é? Não comi nada por dias para me sentir magra o suficiente para usar aquela roupa, mas ainda sim me senti horrível e cada gole pareceu um soco no meu estomago. Sai cedo naquela noite para fingir que iria dormir na casa de uma amiga, mas já era tarde quando finalmente pisei naquela boate abafada e barulhenta. Não me lembro bem em que momento a mão daquela moça chegou ao interior do meu corpo, só me recordo de entrar em seu carro rindo muito por nada. Por anos eu iria me arrepender dessa decisão mas hoje sei que não tenho o que me culpar. Ela me levou a uma rua deserta e eu simplesmente estava muito bêbada para me importar onde estávamos. O banco de traz pareceu apertado para nossos movimentos e posições então veio o momento que mudou minha vida. Ela abriu a porta e me puxou para fora com uma cara séria. Fiquei um pouco assustada e nervosa mas seus beijos me acalmaram. Ela me jogou em cima do capô do carro com agressividade e deu alguns tapas no meu corpo. Eu era muito jovem para saber o que fazer naquela situação, então tentei somente obedecer. A mulher deixou que eu levantasse depois de um tempo e direcionou minhas mãos ao seu pescoço, eu não entendi no primeiro momento mas fui pegando o jeito. Apertei com minhas pequenas mãos sua garganta e ela gemeu num tom que lembro somente em sonhos. Tive a ideia de usar meu lenço de cabelo o que proporcionou o ápice da noite. Amarrei com força e apertei até romper o que eu saberia futuramente ser seu “nervo vago” e parar seu coração instantaneamente. Verifiquei seu pulso diversas vezes e confesso ter me desesperado sobre onde jogar o corpo. Agradeço muito pelas series que vi na adolescência que me fizeram arrancar suas digitais e destruir sua face antes de ir embora no meu novo carro. Foi horrível, como toda primeira vez, mas pesquisei muito e aprendi com as experiencias. Hoje já perdi a conta das moças com que me envolvi, mas isso a gente não diz na hora da conquista.

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