Sistema defeituoso
- Liah Santana
- 3 de jul. de 2016
- 1 min de leitura
Na multidão, escolho o silencio das engrenagens internas do meu corpo vazio.
Posso ouvir o eco das palavras não ditas,
Se batendo nos quatro cantos do meu ser
E também as batidas do meu coração
Que bate em descompasso aos outros.
Nas instruções não informa o conserto,
Só o modo de usar,
Então como agir sem seguir o manual?
Avisto de longe, de dentro da minha falsa vitrine,
O paraíso de opções de vida.
Mas os quebrados são jogados fora,
Os defeituosos não tem chance de chegar lá.
Eu então, mero ser terreno que vim com a falta da peça principal,
Tenho o destino traçado por linhas circulares
Que nunca param de girar
Eu, que vim sem alma para uma terra de santos e pecadores,
Estou entregue ao relento,
sem rumo ou direito a final algum.
A carcaça vai ficar, mas para que aprimorem a técnica
E talvez no futuro
Os defeitos de fabrica não existam mais
Posts recentes
Ver tudoMe pego contando gotas de um tempo maciço esperando o nada do amanhã, um vazio, um ecrã de sentimentos falsos pendurados sobre os ombros...
Para mim, fogueira de brasa não é o mesmo que fogueira acesa. Te olhei por dias, agachado, abraçando o fogo como seu semelhante. Um...
Repetidas e corrompidas vezes Me vi sozinha com meus pensamentos. A ultima golada de cerveja dissolve os momentos junto a pequenas...
Comments