Inocência
- Liah Santana
- 26 de mar. de 2015
- 1 min de leitura
Querido diário,
A moça bonita esta deitada na cama. Ela usa roupas tão pequeninas que parecem até minhas. Seus cabelos são curtos e ela usa um batom que a mamãe nunca me deixaria usar. Ela fala algumas coisas enquanto dorme mas eu não a entendo. A observo dormir por mais um tempo e então ouço a porta e me encolho em um canto do guarda-roupa. Reconheço a voz do moço e me levanto um pouco para olhar. Sim, é o papai. Ele esta beijando a moça bonita e eu não sei o porque. Ele a empurra na cama e se deita por cima. A cama é tão grande mas eles insistem em ficar lá, apertados. Ele a beija cada vez mais e ela o pede para ir mais forte com alguma coisa. Vejo a pequena calcinha da moça ser jogada no chão. Não consigo parar de olha-la, seus olhos são tão brilhantes e seus seios tão redondinhos. Papai agora fica em pé e a coloca em sua frente abaixada e não consigo mais vê-la. Ele fala do mesmo jeito que a moça quando dormia. Sinto algo que nunca senti antes, algo inexplicável, acontecendo dentro de mim. A mulher agora se levanta. Posso admira-la por completo. Ela se veste, pega sua bolsa, da um beijo em meu pai e sai. Espero um tempo e ele vai também. Saio de lá e vou direto para o meu quarto. Me olho no espelho e me vejo diferente. Agora não quero mais ser uma fada, nem uma sereia, nem uma princesa, agora quero ser como a “moça bonita”.
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